Cyberbullying preocupa 16% dos internautas jovens no Brasil, diz pesquisa

A prática do cyberbullying, ou intimidação virtual, representa um dos maiores riscos da internet para 16% dos jovens brasileiros conectados à rede. Isso é o que mostra uma pesquisa realizada em fevereiro de 2010 pela Safernet, ONG de defesa dos direitos humanos na internet, envolvendo 2.160 internautas do país com idades entre 10 e 17 anos.

Esse mesmo estudo indica que 38% dos jovens reconhecem ter um amigo que já foi vítima de cyberbullying – quando sofrem atitudes agressivas, intencionais e repetitivas no universo virtual, vindas de uma pessoa ou de um grupo. Os números mostram, no entanto, que apenas 7% dos entrevistados já ouviram o desabafo de seus amigos sobre a vivência de situações de agressão e humilhação na internet.

Uma pesquisa global, da empresa de segurança Trend Micro, indica que um terço dos jovens ativos na internet já passou por situações semelhantes. Também por conta dessa prática agressiva, o Dia da Internet Segura, realizado em 55 países nesta terça-feira (9), teve o tema “pense antes de postar”, com um alerta sobre os perigos das informações que são divulgadas de forma irresponsável na web.

Consequências extremas
Um exemplo bastante conhecido sobre as conseqüências negativas e extremas do cyberbullying é o da jovem Megan Meier, que se suicidou nos Estados Unidos em 2006, aos 13 anos. A responsável pela intimidação virtual da jovem foi Lori Drew, de 49 anos. Ela criou um perfil falso no MySpace de um jovem de 16 anos para humilhar Megan, que teria espalhado boatos sobre sua filha. Ambas eram vizinhas e frequentavam a mesma escola em St. Louis, no Estado do Missouri.

Megan tinha histórico de depressão e passou a trocar mensagens com o “rapaz”, que dizia ter acabado de se mudar para o mesmo bairro. Meses depois, o falso jovem rompeu a amizade virtual com Megan, em uma mensagem que dizia que “o mundo ficaria melhor sem ela”. Em seguida, a jovem se enforcou.

Brasil
O Brasil não tem casos tão emblemáticos, mas a prática do cyberbullying também é comum por aqui. Comunidades e perfis falsos no Orkut, contas fraudulentas no Twitter e blogs anônimos são algumas das formas encontradas pelos agressores virtuais para atormentar suas vítimas.

Na comunidade “Sofro ou já sofri bullying”, no Orkut, por exemplo, é possível encontrar o depoimento anônimo de uma pessoa que diz ser agredida virtualmente por colegas de sua escola, em Salvador. “Ultimamente algumas meninas (mesmo eu mudando de sala, elas ainda me atormentam) andam me chamando de vaca pelo Orkut. Pelos comentários de fotos da minha melhor amiga. Ela já tentou apagar, mas sempre botam de novo”, escreveu a vítima, descrevendo em seguida algumas frases de suas agressoras.

O caso da ex-estudante de Turismo Geisy Arruda, que em novembro do ano passado foi hostilizada por ir à universidade usando um vestido curto, poderia ter se tornado um caso de cyberbullyng se a jovem não tivesse revertido a situação a seu favor. Depois de ser escoltada por policiais para sair da Uniban, em São Bernardo do Campo (SP), o vídeo dos estudantes xingando Geisy foi parar no YouTube e o link passou a ser twittado por diversos internautas brasileiros, contribuindo assim para a fama repentina da loira. A primeira reação de muitos internautas foi xingar e criticar a então estudante.

No meio do turbilhão, ela participou de diversos programas de TV, reportagens para os maiores veículos de comunicação nacionais e chegou a aparecer no “New York Times”. Passada a confusão, Geisy aproveita o lado bom da fama: terá destaque em desfiles no Carnaval, fez cirurgias estéticas pagas por simpatizantes e atraiu um público virtual de mais de 7 mil pessoas no Bate-Papo do UOL,

Cyberbullying

O cyberbullying é um tipo de bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conhecem a vítima.

Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos.

Infelizmente os meios tecnológicos que, a priori, seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais.

As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

“Bullying”: uma violência psicológica não só contra crianças


“- Oi Nick, Oi Mark, vão ao clube de computadores mais tarde?

– Marcus nós não queremos mais que ande conosco.

– Por quê?

– Por causa deles.

– Eles não têm nada a ver comigo.

– Têm , sim.

– Não tínhamos problemas antes de andarmos com você. Agora temos todo dia.

– Além do mais, todos acham você esquisito.

– Mas é só um pouco.

– Tudo bem…”.

O diálogo do filme Um grande garoto” (About a boy : 2000sinaliza que Marcus está sendo vítima de um tipo de violência psicológica ou bullying. Bullying é uma palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, não dar atenção, fazer pouco caso, e perseguir os outros.  Ocorre com mais freqüência no ambiente escolar. Assim, numa escola, uma criança era considerada ‘escrava’ por outras chefiadas por um aluno-líder, e, um adolescente era obrigado a dar dinheiro para colegas mais velhos e fisicamente mais fortes, senão sofreria algum tipo de violência. Os professores também não estão vacinados contra o bullying. Como se não bastasse sofrer uma grave fobia escolar que o impedia de trabalhar, um professor ainda era obrigado a suportar discriminação, humilhação e ameaças veladas de colegas insensíveis, invejosos e vingativos[1].

Ao sofrer a violência do tipo bullying, tanto as crianças como os adultos, sozinhos, não têm como se defender. Os colegas, embora digam repudiar esse tipo de violência psicológica e sentirem pena, declaram que nada podem fazer para defendê-la, com medo de serem a próxima vítima.

Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam retornar à escola quando esta nada faz em defesa da vítima. A fobia escolar geralmente tem como causa algum tipo de violência psicológica. Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da ABRAPIA (Associação Brasileira Pais, Infância e Adolescência,) a  maioria dos casos de bullying ocorre no interior das salas de aula, sem o conhecimento do professor.

Além de conviver com um estado constante de pavor, uma criança ou adolescente vítima de bullying talvez sejam as que mais sofrem com a rejeição, isolamento, humilhação, a tal ponto de se verem impedidas de se relacionarem com quem ela deseja, de brincar livremente, de fazer a tarefa na escola em grupo, porque os mais fortes e intolerantes lhe impõem tal sofrimento.

Também faz parte dessa violência impor à vítima o silêncio, isto é, ela não pode denunciar à direção da escola nem aos pais, sob pena de piorar sua condição de discriminada. Pais e professores só ficam sabendo do problema através dos efeitos e danos causados, como a resistência em voltar à escola, queda de rendimento escolar, retraimento, depressão, distúrbios psicossomáticos, fobias, etc.

No âmbito universitário não são raros os casos de mestrandos e doutorandos,  no decorrer de sua pesquisa, serem vítimas de várias formas de pressão psicológica, normais, como os prazos de entrega dos trabalhos, falta de dinheiro para continuar a pesquisa, falta de apoio do orientador, familiares, colegas e amigos. E, anormais, como o assédio moral, bullying, etc. Obullying tem o poder levar o pesquisador ao travamento de sua produção intelectual, além de causar danos à sua existência cotidiana.

Lopes Neto observa que há casos de suicídio de pessoas que não suportaram tamanha pressão psicológica advindas dobullying. Talvez o pior efeito da pressão sofrida nos casos de bullying é a vítima se sentir condenada à ‘inexistência’, ou à ‘invisibilidade’, geralmente levado a cabo por grupo que combina entre si ignorar um colega, fazer de conta que ele não existe, desqualificá-lo na sua competência intelectual, ou rejeitar um pedido seu, etc. Há casos em que esse tipo de vítima  passa a sofrer tão baixa auto-estima que nem sequer tem forças para desabafar com alguém.

Por outro lado, existem casos em que a vítima aprende a conviver com a situação se tornando uma voluntária servil do dominador[2].

A Abrapia vem preocupando-se com as vítimas de bullying, isto é, pessoas cujo sofrimento é causado por diversas formas de violência, tais como a: violência física, violência sexual, negligência, síndrome do bebê sacudido (Shaken Baby Syndrome), e síndrome de Münchausen. “A negligência (abandono), considerada uma agressão pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, representou 39,8% dos casos estudados pela Abrapia no ano passado no Rio. A violência física, 26,8%. Os demais casos se dividem entre violência psicológica (26,2%) e abuso sexual (7,2%). As mães foram os agressores mais citados nas denúncias, com 43,3% dos casos, bem mais do que os pais (33,9%). Agressores estranhos à família não chegam a 30%”, diz a pediatra Ana Lúcia Ferreira, do hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Um estudo da Abrapia feito no Rio de Janeiro e usado como referência para o Unicef (o fundo da ONU para a criança) indica que, entre as 811 crianças e adolescentes vítimas de agressões denunciadas à entidade só no ano passado, 64% tinham menos de dez anos de idade” (rev. Istoé- Aziz Filho). A Associação vem  realizando pesquisas e desenvolvendo medidas sócio-educativas para evitar o agravamento dessas situações principalmente em creches e escolas.

O que fazer?

Os pais devem apoiar o filho, abrindo espaço para ele falar sobre o sofrimento de estar sendo rejeitado pelos colegas. “Obrigar o filho a enfrentar os agressores pode  não ser  a melhor solução, visto que ele está fragilizado, ou seja, corre o risco de sofrer uma frustração ainda maior”, diz Lopes Neto. Mas, fazer de conta que não existe bullying ou outro tipo de violência psicológica na escola é, no fundo, autorizar a prática de mais violência. É preciso estar atento para o risco de suicídio onde a vítima sem auto-estima alucina tal ato como ‘saída’ honrosa para o seu sofrimento. Esta é uma atitude freqüentemente usada no Japão.

Quando a violência ocorre na escola cabe aos pais conversar com a direção. É dever desta instituição ensinar os conhecimentos e promover a inclusão social e psicológica.  A escola e a universidade jamais devem fazer vistas grossas sobre os casos de intolerância de violência psicológica ou física. A escola, principalmente, deve ter uma atitude preventiva contra o bullying, começando pela conscientização e preparação de professores, funcionários, pais e alunos. Por um lado, é preciso apoiar as crianças vítimas e, por outro, é imprescindível fazer um trabalho especial com as pessoas propensas para cometer violência contra os colegas, professores e funcionários.

Os pais e professores devem estar atentos sobre a possibilidade real de conviver com uma vítima silenciosa de qualquer tipo de violência, como também conviver com o(s) agente(s) dessa violência. (Se a instituição de ensino não tomar providências, cabe aos pais ou responsáveis denunciar a violência ao Conselho Tutelar, pode até mover um processo junto a Justiça, cobrando do agressor a reparação por dano moral ou físico). Criança ou adolescente que repete atos de intolerância e de violência para com o próximo pode estar sendo “autorizada” pelos pais que a vêem positivamente como “esperta”, “machão”, “bonzão”, “fodão”, etc. O adulto que pratica bullying pode estar sendo influenciado por uma organização perversa do trabalho burocrático, ou por um grupo que usa a intolerância como meio de expressão política. É preciso estar muito atento aos grupinhos informais de traços neofascistas, as gangs, porque a afirmação da sua identidade narcísica é conseguida por meio da intolerância, da discriminação e da violência.

Segundo pesquisas, existe uma relação de continuidade entre a criança cuja estrutura psíquica é perversa[3], que cometia atitudes anti-sociais, e o adulto que comete atos delinqüentes ou criminosos, lembra Lopes Neto. A estrutura psíquica é a mesma. São casos em que a educação falha, embora o sujeito possa obter algum sucesso na sua vida escolar e profissional. Adquirir conhecimento ou um título de doutor nada tem a ver com adquirir sabedoria. Por vezes, encontramos pessoas cujo conhecimento fez aumentar sua arrogância e insensibilidade em relação ao próximo.

Ou seja, embora a formação escolar e universitária não tem o poder de melhorar a estrutura psíquica do tipo perversa, temos que trabalhar com cálculo e empatia para formar bons cidadãos. Se pudéssemos proporcionar tanto uma educação (familiar) como um ensino (escolar), voltados mais para a sabedoria do que para o conhecimento e a informação, talvez pudéssemos trilhar um caminho mais efetivo de prevenção em prol da saúde psicológica e social.

As reações contra o bullying

Por André

E mais uma triste história envolvendo chacota (afinal, se há termo em português para isso, pra que usar o equivalente em inglês?), desta vez por via cibernética, envolvendo falsa amizade e um alvo com doença grave e quem já teve (ou mesmo teve parente próximo que teve) sabe o tamanho do sofrimento.

Alguns mostraram-se renitentes quanto à história de o MP lutar para criminalizar tal coisa mas, já que partem do princípio de se postar ao lado do mais fraco, deveriam se lembrar que quem mais sofre nessa história toda é justamente aquela pessoa que é obrigada a se fazer forte e insensibilizada por causa das ameaças constantes que a cercam. Deveriam apoiar a postura que o MP sul-mato-grossense, liderado por Sérgio Harfouche, tomou ao obrigar valentão(ona) a capinar jardim e outras coisas e, subsequentemente, recriminar a postura do Ministério do Trabalho de querer acabar com isso.

Aliás, essa postura do MP pantaneiro é inclusive primeiro-mundializante, uma vez que análoga ao que me contou uma estagiária em meu ex-emprego, que quando era dimenó morava na Suíça, fez um auê e foi condenada pela justiça local a catar folhas secas (algo bem adequado àquilo que fez, que não era assim tão grave, e ao ambiente, que tem outono digno de tal denominação). Findo isso, deu para ver que a menina pôs a mão na cabeça, refletiu bem e, jovem adulta e já de volta ao país natal, agia com muito mais civilidade e menos frivolidade que a média dos jovens de sua idade, sinal de que as folhas catadas foram oportunidade para dar uma volta na própria mente.

No caso do que ocorre na terra onde o tereré é patrimônio imaterial, houve uma belíssima redução no número de vandalismos, agressões e uso de drogas, e tudo isso o pessoal do Ministério do Trabalho está querendo jogar no lixo. Falam que o tal trabalho para dimenó é insalubre, mas digam-me o que há de insalubre em, por exemplo, aparar a grama? Será que todos nós aqui tivemos gravíssimos problemas em ajudar nossos pais a fazer pequenas tarefas enquanto éramos dimenós? Ou será que essas oportunidades, claro que moderadamente aplicadas, não foram momentos de ouro para que começássemos a ver que quando é para nós suarmos o rosto passamos a valorizar as coisas conquistadas?

E nesse ponto, a iniciativa de Sérgio Harfouche e seus colegas tem um ponto interessante por mostrar a quem pinta o sete no estabelecimento de ensino que aquilo lá não é de graça, mas sim pago pelo imposto de seus pais e pelo imposto dos produtos que ele próprio consome. Se estamos vendo a civilidade surgir, é sinal de que a coisa vem dando certo.

Voltando para a menina em questão, notem o insidioso do lance, que foi de uma garota se passar por amiga da que estava doente e postar uma série de ameaças. Justine teve um câncer  e perdeu uma perna, situação que inegavelmente gera dificuldades e é merecedora de nossa atenção (e aqui não devemos confundir com endeusamento) no sentido de nós nos pormos no lugar de quem está naquela situação. A frieza do lance foi tanta que a pobre Justine continuou acreditando que a bandidinha (e digna de tal nome, porque ameaça é crime justamente por envolver mal possível e realizável) era amiga. Porém, como vemos, a “irmã camarada” praticamente usou a convalescente (aqui usando esse termo porque só se considera alguém curado do câncer depois de cinco anos sem manifestações. Justine tratou-se aos 11 e tem 14) de cobaia. Imaginem o tamanho da sensação que a menina teve.

Destaque aqui para a postura da escola, que culpou quem tinha de ser culpada e não a inocente (como é tão comum por aqui), expulsando-a e fazendo toda a parte que lhe é possível para que não tenham mais contato. Sobre a pena, em que pese ela ser mais rigorosa que a daqui, ainda foi considerada branda pela família de Justine. E não seria por menos se pensarmos que dá para notar uma nítida consciência da agressora em planejar tudo. Por ora, a inimiga íntima foi condenada a serviços comunitários e obrigada a passar por terapia. De minha parte, preocupo-me pelo fato de haver demonstrado sofisticação na realização da coisa.

E quantas Justines temos por aqui sofrendo coisas parecidas? Também continuo pensando como deve estar a vida de Vitor Dutra Gumieiro, do qual falei há dois anos no blog antigo, postagem essa replicada aqui (grato ao cara que replicou, senão teria sido perdida). Hoje ele deve estar pelos 11 anos, idade em que se começa a ficar mais independente, e espero que tenha tido uma boa assistência para remeter as feridas que três coleguinhas fizeram à sua mente (uma vez que as físicas fecham-se mais rapidamente). Já cheguei a falar desse caso com uma pedagoga dessas que acham que criança é anjo de candura independente do que faça e a resposta que recebi dela foi “não quero ler isso” e que já tem muita notícia ruim por aí. E isso porque era uma notícia que diz respeito à profissão dela. Obviamente que jamais confiaria um(a) filho(a) que eu tivesse a alguém que usa óculos com lentes cor-de-rosa e se recusa a ver a realidade nua e crua, pois seria o silêncio dos bons garantindo o triunfo dos maus.

Enfim, segue a notícia (e espero que um tijolo rumo à erradicação de tal prática, nem que seja na base do potencial agressor sendo dissuadido pelo medo do que lhe vai acontecer):

22/04/2011 – 08h54

Adolescente vítima de câncer descobre que ‘bully’ por trás de ameaças era ‘melhor amiga’ 

Uma adolescente americana que conseguiu superar um câncer voltou a dar a cara contra uma nova batalha, o bullying cibernético.

Justine Williams, 14, teve de conviver semanas com um estranho que lhe enviava mensagens hostis pela internet e pelo celular, até descobrir, para sua surpresa, que o ‘bully’ – responsável pelo bullying contra ela – era uma de suas melhores amigas da escola.

O caso repercutiu no subúrbio de North Andover, nos arredores de Boston. A vida pessoal de Justine já tinha sido notícia na localidade depois que, aos 11 anos de idade, ela conseguiu superar um câncer.

Na batalha contra a doença, a jovem perdeu uma perna e hoje anda com ajuda de uma prótese.

“Fizemos tanto esforço para empurrar Justine para frente, para superar o câncer, as cirurgias múltiplas, e agora esta criança dá mais um passo atrás…”, disse a mãe, Jane, em uma entrevista à rede CNN local, Canal 5.

Em fevereiro deste ano, a estudante, que está no último ano do ensino médio, começou a receber mensagens com conteúdo ameaçador, como “Vou estuprá-la”, “Vou colocar uma bomba na frente da sua casa” e “Vou matar seus animais”.

“Eu me sentia devastada por causa delas”, disse Justine à CBS local.

A menina demorou a contar aos pais sobre as ameaças. Quando o fez, o caso foi levado à polícia de Massachussetts.

Os investigadores descobriram que a perpetradora do bullying era uma menina de 13 anos considerada por Justine como uma de suas melhores amigas.

Ela utilizava um site que ocultava a origem do número telefônico. Às vezes, enviava os textos anônimos enquanto falava com Justine através do computador, de forma a observar a reação da vítima.

Quando o caso foi revelado, a escola tirou a autora das intimidações da classe de Justine e tomou medidas para eliminar o contato entre as duas.

A jovem foi condenada a prestar serviço comunitário e a frequentar terapia por um curto período. A família considerou a pena demasiado branda.

“Se essa menina é assim no ensino médio, como vai ser quando chegar na escola secundária?”, questionou o pai, Michael.

Bullying – Onde a Diversão vira Agressão!

Você chega numa nova escola, tem apenas doze anos, é tímido…

No fundo, seus pais te deram a melhor expectativa, mas logo de cara vê que se depender de amizade, vai sofrer um pouco ali…. Apelidos, brigas, brincadeiras de mau gosto que incluem sustos, grosserias e até agressões físicas por motivos não justificáveis como ser gordo, magro, negro, branco, pobre e até por nacionalidade diferente. Em parte, eu já sofri isso. E você aí? Já sofreu bullying sem mesmo saber que isso tinha nome?

bullying

Assunto auge nos últimos anos, depois que o bullying foi explorado em novelas e programas de tevê, as denúncias contra o ato vêm aumentando cada vez mais. Os casos mais clássicos são nas escolas, mas a internet também é um veículo que, infelizmente colabora muito para que os agressores se sintam mais protegidos. Em jornais e revistas, vemos casos de garotos e garotas deixando de ir a escola, e em reclusão por medo. As consequências na vida da vítima são graves e longas, afinal a vida social pode ser excluída totalmente. Apesar de toda a seriedade, faz pouco tempo que o bullying foi considerado crime.

Exemplos antigos são os calouros das universidades morrendo por afogamento (após passarem por humilhações em publico), brincadeiras como comer coisas inusitadas e ficar preso ou amarrado em algum lugar. Vale ressaltar que, quem sofre bullying e não recebe atenção adequada, pode virar agressor,  anos depois.

bullying2Temos o famoso caso do estudante Cho Seung-Hui, autor do massacre de abril em 2007, quando matou 32 pessoas e depois se suicidou, na Universidade de Virgínia, nos EUA.

As vítimas geralmente têm medo de denúncias e retaliações. Mas pior do que qualquer retaliação é perder a juventude saudável não é mesmo? Ao contrário do que pensam, bullying NÃO é uma brincadeira inocente. É considerado doença e crime. Para denunciar casos de bullying, o Ministério Público criou o Disque Denúncia – Ligue 100.

Não vale a pena ficar calado quando se sofre, nem quando se assiste a agressões, em qualquer lugar que seja. Por isso se você conhece algum caso de bullying denuncie, você estará salvando diversas vidas.

Violência, não se combate com violência. Pensando nisso, resolvi indicar um livro, lançado recentemente e um dos mais vendidos no último mês, segundo a revista Veja.

Título: ‘Bullying – Mentes Perigosas nas Escolas’


bullying

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, “tiranete” ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma.

Temos que dizer não ao Bullying se você é vitima ou conhece alguém  que  é ligue 100. 

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